Depois comento um pouco mais.
Aí vai a tradução - o original junto para que o leitor sugira correções.
Na
Arte é Difícil Dizer Algo Tão Bom Quanto: Nada Dizer.
(MS 156a, pp. 53r-57r. Pocket
Notebook, c. 1932-1934.)
Ludwig Wittgenstein
Schafft der Künstler nur etwas ihm
Angenehmes hervorzubringen um etwas zu machen was ihm gefällt?!
Dieses Gesicht ist dumm ist keine
Aussage über eine Erscheinung (eine Empfindung) die dieses Gesicht hervorruft.
Wenn ich nun von einer Skulptur
sagte: “dieses Gesicht hat einen zu dummen
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agradável para engendrar algo para fazer o
que gosta?!
Este rosto é imbecil não é um
enunciado sobre uma aparência (uma sensação) que esse rosto provoca.
Se eu dissesse sobre uma
escultura: “Este rosto tem uma expressão tão
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[MS 156a, p. 53r]
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[MS 156a, p. 53r]
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Ausdruck”;
was bedeutet das “zu”. Zu dumm wofür? Um mir Freude zu machen?
Oder auch: Was ist es das
schließlich für sich selbst sprechen muß?
Heißt “so wollte ich's”: so ist es
mir angenehm??
Denken wir an den aesthetischen Unterricht der dadurch
gegeben würde daß man einem die Skitze eines Meisters
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imbecil”; o que
significa o “tão”. Tão imbecil para quê? Para me fazer graça?
Ou então: o que é que ali,
finalmente, tem que falar por si mesmo?
“Eu quis isso assim” significa:
isso me agrada assim??
Imaginemos que fosse dada uma aula
de estética em que se mostra um dos esboços de um mestre
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[MS 156a, p. 53v]
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[MS 156a, p. 53v]
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zeigt & wie er sie dann verändert hat.
Was ist das für ein Satz: “Das muß
in diesem Tempo gespielt werden”.
Oder: das Thema ..… «(9te Symph.)»
gehört nicht geheimnisvoll sondern klar & es hat seine Größe durch seine
Klarheit. Was sind die Gründe, & was spricht für sich selbst? Und was
heißt: “ja jetzt verstehe ich's; so
muß es sein!”
So weit die Aesthetik |
&
como depois ele o modificou.
Que tipo
de proposição é: “Isto tem que ser tocado neste
tempo”.
Ou: o tema ..... «(9a Sinf.)» não tem
um modo totalmente misterioso, mas claro & a sua grandeza se dá pela claridade.
Quais são as razões & o que fala
por si mesmo? E o que significa: “ah, agora eu entendi; então tem que ser assim!”
Até
onde a estética
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[MS 156a, p. 54r]
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[MS 156a, p. 54r]
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interessiert ist.
Naturgeschichte des Menschen,
nicht Psychologie.
Was ist
eine Begründung eines Zuges einer Kunst? Wird es z.B., eines Musikstückes?
Die
aesthetische Kritik eines Kunstwerkes lenkt unsere Aufmerksamkeit auf gewisse
Züge. Indem sie das
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está
interessada.
História natural da humanidade, n
ão psicologia.
O que é uma fundamentação de uma peculiaridade
de uma arte? Se fosse, por exemplo, de uma composição musical?
A crítica estética de uma obra de
arte dirige a nossa atenção para certas peculiaridades. Na medida em que
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[MS 156a, p. 54v]
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[MS 156a, p. 54v]
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Werk mit
anderen zusammenstellt, beschreibt mit andern Vorgängen vergleicht etc. etc.
sie sagt etwa: gib auf diese Klimax acht etc.
Hier
verwechselt man wieder leicht Grund & Ursache.
Wenn man
einen Komponisten gefragt hätte: warum schreibst Du in der Form der Fuge
etc.?
Oder:
warum befolgst
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ela reúne a obra com
outras, descreve com outros processos compara etc. etc. ela diz talvez:
preste atenção neste clímax etc.
Aqui novamente se confunde
facilmente razão & causa.
Se houvéssemos perguntado a um compositor: por que você escreveu na forma de uma fuga
etc.?
Ou: por que você
seguiu
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[MS 156a, p. 55r]
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[MS 156a, p. 55r]
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Du diese Regeln
der Fuge?
Die Aesthetik lehrt uns wesentlich ein System kennen. Sie lehrt
uns ein System sehen.
Daß uns ihre letzten Gründe am
Schluß “ansprechen” müssen, damit hat sie, sozusagen, nichts zu tun. Und sie
beschreibt auch nicht diesen Zustand, oder vielmehr diese vielen Zustände des
seelischen Gleichge-
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essas
regras da fuga?
A estética nos ensina essencialmente a reconhecer um sistema. Ela nos ensina a ver um sistema.
Que as suas últimas razões tenham
que, em conclusão, nos “dirigir a palavra”, não tem nada a ver com ela, por
assim dizer. E ela tampouco descreve essa condição, ou antes essas
várias condições do equilíbrio
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[MS 156a, p. 55v]
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[MS 156a, p. 55v]
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wichts. Sie ist sozusagen axiomatisch.
Vergleiche
hin die Bedeutungen von “gleich wahrscheinlich” und “ästhetische befriedigend”.
Wäre
sie Psychologie so wäre ihr die Systematik nicht wesentlich.
Verstehen
der Kirchentonarten. Verstehen einer chinesischen Darstellung.
Kann eine Ursache
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psíquico.
Ela é, por assim dizer, axiomática.
Compare ali os significados de “mesma
probabilidade” e “satisfação estética”.
Se ela fosse psicologia então o
sistemático não lhe seria
essencial.
Compreender as músicas modais.
Compreender uma grafia chinesa.
Pode uma causa
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[MS 156a, p. 56r]
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[MS 156a, p. 56r]
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durch Introspektion festgestellt
werden??
Psychoanalyse.
Denke daran daß das Resultat der Analyse die Anerkennung des Analysierten
verlangt!
Warum
ist Freuds Bedeutung als Psychologe an seinen Stil gebunden.
Die
Aesthetik sucht Gründe auf, nicht Ursachen.
Goethe,
warum er
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ser estabelecida por
introspecção??
Psicanálise. Considere que o
resultado da análise exige o reconhecimento do analisando!
Por que o significado de Freud
como psicólogo está ligado ao seu estilo.
A estética procura por razões, não
causas.
Goethe, por que ele
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[MS 156a, p. 56v]
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[MS 156a, p. 56v]
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das Experiment «in der
Farbenlehre» zurückwies. Vergleiche unser Gefühl über das Psychologische
Experiment. Es teilt uns nicht das
mit was uns interessiert. Es ist «natürlich» nicht wahr daß er uns nichts mitteilt.
In
der Kunst ist es schwer etwas zu sagen, was so gut ist wie: nichts zu sagen.
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rejeita o experimento «na Teoria das Cores». Compare com o nosso sentimento
sobre o experimento psicológico. Não nos comunica o que nos interessa. «Naturalmente», não é verdade que ele nada nos comunica.
Na arte é difícil dizer algo que
seja tão bom quanto: nada dizer.
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[MS 156a, p. 57r]
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[MS 156a, p. 57r]
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Tradução de João José R. L. de Almeida
4 comentários:
Parabéns João.
Ótimo post.
Abraço
Danke schöen!
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