quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Psicanálise às Voltas com Mediocridade I

Os livros de história da psicanálise deveriam servir para nos ensinar como e por que as instituições psicanalíticas tantas e tantas vezes estiveram envolvidas com o que há de pior (nazismo na Alemanha, década de 30 e 40; ditadura militar no Brasil, década de 60, para citar dois exemplos funestos), e a evitar que as coisas se repetissem.

Mas estes livros, de fato, nada ensinam, em geral, porque pouco podem. E o motivo é da ordem daquilo que a própria psicanálise ensina: o inconsciente.

Por isso, aprenderá algo de um livro de história da psicanálise apenas o psicanalista que já estiver predisposto a isso. Os outros, a grande maioria, não.

Por isso, de novo, não é a análise (boa ou má), nem o aprendizado (bom ou ruim), nem uma teoria (vanguardista ou conservadora), nem a supervisão (precisa ou mambembe) que definirá qualquer coisa, mas tão-somente o desejo eticamente mobilizado. Coisa impossível de proferimento universalmente articulado porque concernente a cada sujeito.

Digo isso como preparação para o tópico a seguir (acima.)

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